Cloridrato de Fluoxetina

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Cloridrato de Fluoxetina não deve ser usado em combinação com um IMAO ou dentro de 14 dias da suspensão do tratamento com um IMAO

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Descrição

Cloridrato de Fluoxetina: Um Guia Completo para o Tratamento de Distúrbios de Humor e Ansiedade

 

O Cloridrato de Fluoxetina é um medicamento amplamente utilizado no tratamento de diversas condições psiquiátricas, incluindo depressão (com ou sem ansiedade), bulimia nervosa, transtorno obsessivo-compulsivo (TOC) e transtorno disfórico pré-menstrual (TDPM). Classificada como um inibidor seletivo da recaptação de serotonina (ISRS), a fluoxetina atua aumentando os níveis de serotonina no cérebro, um neurotransmissor crucial para a regulação do humor e bem-estar.


 

Indicações para o Uso do Cloridrato de Fluoxetina

 

A fluoxetina é indicada para:

  • Depressão: Ajuda a aliviar sintomas como tristeza profunda, perda de interesse e energia, promovendo melhora do humor e da disposição.
  • Bulimia Nervosa: Contribui para a redução da frequência de episódios de compulsão alimentar e comportamentos compensatórios, como vômitos.
  • Transtorno Obsessivo-Compulsivo (TOC): Alivia obsessões (pensamentos intrusivos e repetitivos) e compulsões (comportamentos repetitivos para aliviar a ansiedade).
  • Transtorno Disfórico Pré-menstrual (TDPM): Reduz significativamente sintomas emocionais e físicos intensos que ocorrem antes da menstruação, como tensão, irritabilidade e disforia.

 

Contraindicações Importantes

 

O uso de fluoxetina é contraindicado nas seguintes situações:

  • Hipersensibilidade: Pacientes com alergia conhecida à fluoxetina ou a qualquer outro componente da fórmula.
  • Uso Concomitante com IMAOs: É proibida a administração de fluoxetina em conjunto com inibidores da monoaminoxidase (IMAOs). Deve-se respeitar um intervalo mínimo de 14 dias entre a suspensão de um medicamento e o início do outro para evitar interações graves.
  • Uso Concomitante com Tioridazina: A combinação com tioridazina é contraindicada devido ao alto risco de arritmias ventriculares graves e morte súbita.

 

Posologia e Modo de Uso

 

A dose e o modo de uso da fluoxetina variam conforme a condição a ser tratada e devem ser sempre determinados por um profissional de saúde:

  • Depressão: A dose inicial usual é de 20 mg ao dia.
  • Bulimia Nervosa: A dose recomendada é de 60 mg ao dia.
  • Transtorno Obsessivo-Compulsivo (TOC): A dose varia entre 20 mg e 60 mg ao dia.
  • Transtorno Disfórico Pré-menstrual (TDPM): A dose é de 20 mg ao dia, podendo ser administrada de forma contínua (diariamente) ou intermitente (iniciando 14 dias antes do início da menstruação até o primeiro dia do fluxo).

A dose pode ser ajustada conforme a resposta clínica do paciente. No entanto, doses acima de 80 mg ao dia não foram sistematicamente estudadas. Pacientes com comprometimento hepático ou em uso de outros medicamentos podem necessitar de redução da dose.


 

Efeitos Colaterais Comuns

 

Como qualquer medicamento, a fluoxetina pode causar efeitos colaterais, embora nem todos os pacientes os experimentem. Os mais comuns incluem:

  • Muito comuns (>1/10): Diarreia, náusea, fadiga, dor de cabeça e insônia.
  • Comuns (>1/100 e <1/10): Palpitações, boca seca, distúrbios de atenção, sonolência, ansiedade, diminuição da libido, disfunção erétil, sudorese excessiva e distúrbios menstruais.
  • Incomuns e Raras: Hipotensão (pressão baixa), alopecia (queda de cabelo), convulsões, distúrbios do equilíbrio, midríase (dilatação das pupilas), anorgasmia (dificuldade ou incapacidade de atingir o orgasmo) e sintomas de descontinuação (como tontura e ansiedade, se o medicamento for interrompido abruptamente).

 

Cuidados e Precauções Essenciais

 

  • Risco de Suicídio: Pacientes, especialmente jovens, devem ser monitorados cuidadosamente no início do tratamento ou em ajustes de dose, devido ao risco de ideação e comportamentos suicidas.
  • Convulsões: Administrar com cautela em pacientes com histórico de convulsões.
  • Síndrome Serotoninérgica: É crucial monitorar sinais como agitação, confusão, taquicardia e hipertensão, especialmente se a fluoxetina for usada com outros medicamentos que aumentam a serotonina.
  • Prolongamento do QT: A fluoxetina pode prolongar o intervalo QT no eletrocardiograma. Cautela é necessária em pacientes com histórico de arritmias cardíacas.
  • Hiponatremia: Pode causar baixos níveis de sódio no sangue, um risco maior em idosos.
  • Midríase: Pacientes com glaucoma devem usar com cuidado, pois a dilatação pupilar pode aumentar a pressão ocular.

 

Interações Medicamentosas

 

A fluoxetina pode interagir com outros medicamentos, alterando seus efeitos ou aumentando o risco de colaterais:

  • Drogas Metabolizadas pelo CYP2D6: A fluoxetina inibe essa enzima, podendo exigir ajuste de dose para medicamentos metabolizados por ela.
  • Tioridazina: Absolutamente contraindicada (conforme mencionado nas contraindicações).
  • Varfarina e AINEs: Aumentam o risco de sangramento.
  • Álcool: Embora a fluoxetina não aumente os níveis de álcool no sangue, é aconselhável evitar o consumo conjunto.
  • Erva de São João (Hypericum perforatum): Pode intensificar os efeitos adversos da fluoxetina.

 

Cuidados em Populações Específicas

 

  • Gravidez e Amamentação: Existem riscos potenciais para o feto e o recém-nascido. O uso durante esses períodos só deve ocorrer sob estrita orientação e supervisão médica.
  • Idosos: Podem apresentar maior sensibilidade aos efeitos adversos e devem ser monitorados de perto.

 

Superdosagem

 

Em caso de superdosagem, os sintomas podem incluir náusea, vômito, convulsões, disfunção cardiovascular e respiratória. É fundamental procurar atendimento médico de emergência, monitorar os sinais vitais e cardíacos do paciente. Não há um antídoto específico; o tratamento é de suporte.


Aprofundando nos Cuidados com a Fluoxetina: Síndrome Serotoninérgica e Sintomas de Descontinuação

 

Com certeza! É muito importante entender os riscos e as reações que a fluoxetina pode causar. Vamos detalhar a Síndrome Serotoninérgica e os Sintomas de Descontinuação, para que você saiba o que observar.


 

Síndrome Serotoninérgica: O que é e Como Identificar

 

A Síndrome Serotoninérgica é uma condição potencialmente grave que pode ocorrer quando há um acúmulo excessivo de serotonina no cérebro. Isso acontece principalmente quando a fluoxetina é combinada com outros medicamentos que também aumentam os níveis de serotonina, ou em casos de doses muito elevadas.

Medicamentos que aumentam o risco de Síndrome Serotoninérgica quando combinados com fluoxetina:

  • Outros antidepressivos: Especialmente os Inibidores da Monoaminoxidase (IMAOs), Inibidores Seletivos da Recaptação de Serotonina e Norepinefrina (ISRSN), antidepressivos tricíclicos.
  • Triptanos: Usados para enxaquecas (ex: sumatriptana).
  • Tramadol e Fentanil: Analgésicos opioides.
  • Dexmetorfano: Presente em alguns xaropes para tosse.
  • Linezolida: Um antibiótico.
  • Erva de São João (Hypericum perforatum): Suplemento fitoterápico.
  • Drogas ilícitas: Como ecstasy (MDMA).

Sintomas da Síndrome Serotoninérgica:

Os sintomas podem variar de leves a graves e geralmente surgem em questão de horas ou dias após o início ou alteração da dose de um medicamento serotoninérgico. Fique atento a:

  • Alterações do estado mental: Agitação, confusão, inquietação, alucinações.
  • Problemas autonômicos: Aumento da frequência cardíaca (taquicardia), pressão alta ou instável, suores excessivos, febre, diarreia e pupilas dilatadas (midríase).
  • Anormalidades neuromusculares: Tremores, rigidez muscular, espasmos musculares (mioclonia), reflexos hiperativos (hiperreflexia) e incoordenação.

O que fazer:

Se você ou alguém próximo estiver usando fluoxetina e apresentar esses sintomas, procure atendimento médico de emergência imediatamente. O tratamento envolve a interrupção dos medicamentos serotoninérgicos e medidas de suporte para controlar os sintomas.


 

Sintomas de Descontinuação da Fluoxetina

 

Os sintomas de descontinuação (muitas vezes chamados de “síndrome de retirada”) podem ocorrer quando a fluoxetina é interrompida abruptamente ou a dose é reduzida muito rapidamente, especialmente após um uso prolongado. Embora a fluoxetina, por ter uma meia-vida mais longa, tenda a causar sintomas de descontinuação menos intensos do que outros ISRS, eles ainda podem ser incômodos.

Sintomas comuns de descontinuação:

Os sintomas podem surgir dias ou semanas após a interrupção e incluem:

  • Sensações semelhantes a choques elétricos: Muitas vezes descritas como “brain zaps”.
  • Tontura e vertigem: Sensação de desequilíbrio.
  • Náuseas e vômitos.
  • Fadiga e cansaço.
  • Dor de cabeça.
  • Insônia ou sonhos vívidos e perturbadores.
  • Irritabilidade, ansiedade, agitação ou alterações de humor.
  • Sintomas semelhantes aos da gripe: Dores musculares, calafrios.

Como evitar e o que fazer:

Para minimizar os sintomas de descontinuação, a fluoxetina nunca deve ser interrompida abruptamente. A retirada deve ser feita de forma gradual e sob supervisão médica, com redução da dose ao longo de várias semanas.

Se você estiver pensando em parar de usar fluoxetina, ou se já parou e está sentindo esses sintomas, converse imediatamente com seu médico. Ele poderá orientar a melhor forma de desmame ou gerenciar os sintomas já existentes.

É fundamental lembrar que o tratamento com fluoxetina é uma jornada que deve ser acompanhada de perto por um profissional de saúde. A comunicação aberta com seu médico sobre todos os medicamentos e suplementos que você usa, assim como sobre quaisquer sintomas que surgirem, é a chave para um tratamento seguro e eficaz.

 

Conclusão

 

O Cloridrato de Fluoxetina é um medicamento eficaz e amplamente prescrito para diversas condições psiquiátricas. No entanto, seu uso requer atenção rigorosa às contraindicações, à dosagem adequada e ao monitoramento constante de potenciais efeitos colaterais. A colaboração com um profissional de saúde é essencial para garantir um tratamento seguro e eficaz.

Informação adicional

Peso 1 kg
Dimensões 16 × 16 × 16 cm

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